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Gaza se torna a região mais faminta do mundo devido a bloqueio de ajuda
30/05/2025 / 14:35
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Palestinos aguardam por comida na Cidade de Gaza 21/5/2025 REUTERS/Mahmoud Issa

A Organização das Nações Unidas (ONU) alertou que a Faixa de Gaza enfrenta uma crise humanitária sem precedentes, com toda a sua população — cerca de 2,1 milhões de pessoas — em risco iminente de fome. O bloqueio imposto por Israel à entrada de ajuda humanitária tem sido apontado como a principal causa dessa situação crítica.

Segundo o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), apenas 600 dos 900 caminhões de ajuda autorizados a chegar à fronteira de Gaza conseguiram efetivamente entregar suprimentos. Diversas barreiras burocráticas e de segurança têm dificultado a distribuição interna de alimentos e outros itens essenciais. A maioria dos suprimentos consiste em farinha, que ainda requer preparo, tornando-os inadequados para consumo imediato.

Além da escassez de alimentos, a situação é agravada pela falta de eletricidade, que impede o funcionamento de instalações de dessalinização de água, deixando milhares de crianças sem o à água potável. O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) estima que cerca de 1 milhão de crianças em Gaza estão sem o básico para sobreviver, como alimentos e água.

A ONU também denunciou que Israel impediu, nos últimos três dias, toda a distribuição de ajuda humanitária em Gaza, bloqueando o o a quase 600 caminhões que foram descarregados no cruzamento de Kerem Shalom. O novo mecanismo de distribuição, considerado “militarizado”, tem sido criticado por ser inseguro e ineficaz.

Em meio a essa crise, o governo israelense anunciou novas operações militares em áreas do norte de Gaza, como Al Atatra e Jabalia, ordenando a evacuação imediata de seus habitantes por considerá-las zonas de combate. Enquanto isso, propostas de cessar-fogo estão sendo discutidas, mas ainda sem consenso entre as partes envolvidas.